quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BASTA UM MINUTO




Um minuto serve para você sorrir para o outro, para você e para a vida.
Um minuto serve para você ver o caminho, olhar a flor, sentir o cheiro da flor, sentir a grama molhada, notar a transparência da água.
Basta um minuto para você avaliar a imensidão do infinito, mesmo sem poder entendê-lo.
Em um minuto apenas você ouve o som dos pássaros que não voltam mais.
Um minuto serve para você ouvir o silêncio, ou começar uma canção.
É num minuto que você dará o sim que modificará sua vida.
Basta um minuto para você apertar a mão de alguém e conquistar um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir a responsabilidade pesar em seus ombros:
A tristeza da derrota, a amargura da incerteza, o gelo da solidão, a ansiedade da espera, a marca da decepção e a alegria da vitória...
Quantas vitórias se decidem num simples momento, num simples minuto!
Num minuto você pode amar, buscar, compartilhar, perdoar, esperar, crer, vencer e ser...
Num simples minuto você pode salvar a sua vida...
Num pequeno minuto você pode incentivar alguém ou desanimá-lo!
Basta um minuto para você recomeçar a reconstrução de um lar ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para você fazer feliz um filho, um aluno, um professor, um semelhante...
Basta um minuto para você entender que a eternidade é feita de minutos."
Agora, reflita um pouco sobre...
O que é sentir medo.
O que é sentir raiva.
O que é sentir mágoa.

AS QUATRO VELAS




Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que travavam. A primeira disse: “Eu sou a Paz! Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar”. E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente. A segunda disse: “Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando”. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela e se apagou. Baixinho e triste a terceira vela se manifestou: “Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles que estão à sua volta e que lhes amam“. E, sem esperar, apagou-se. De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas. “Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim”. Dizendo isso começou a chorar. Então a quarta vela falou: ”Não tenhas medo criança, enquanto eu estiver queimando podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!”. A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que queimava e acendeu todas as outras. Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós

CITAÇÕES DE IRMÃ DULCE





· É preciso ver no sofrimento não apenas a dor, mas também um tesouro que devemos saber explorar em benefício de nossa alma.
· O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós.
· Tudo o que vai com Deus e com fé vai bem.
· A beleza está nas pessoas, nas plantas, nos bichos, em todas as coisas de Deus. É mais intensa ainda nos olhos de quem consegue ver, acima da simplicidade, a beleza com que Ele criou cada pequeno detalhe da vida.
· O importante é fazer caridade, não falar de caridade. Compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus.
· Cristo nos ensinou a dar o anzol e não o peixe àquele irmão necessitado. Mas também nos disse para dar água a quem tem sede e pão aos que têm fome. Então é preciso entender que um faminto pode não ter forças nem mesmo para pescar. Nesse caso, antes de lhe dar o anzol, precisamos lhe dar água e pão.
· A minha política é a do amor ao próximo.
· Miséria é falta de amor entre os homens. Deus não gosta de insensíveis.
· Sempre que puder, fale de amor e com amor para alguém. Faz bem aos ouvidos de quem ouve e à alma de quem fala.
· Se fosse preciso, começaria tudo outra vez e do mesmo jeito, andando pelo caminho de dificuldades, pois a fé, que nunca me abandona, me daria forças para ir sempre em frente.
· Esta obra não é minha, é de Deus. E o que é de Deus permanece para sempre.

A ULTIMA VIAGEM DE TAXI



A ULTIMA VIAGEM DE TAXI
Houve um tempo em que eu ganhava a vida como motorista de táxi. Os passageiros embarcavam totalmente anônimos. E, às vezes, me contavam episódios de suas vidas, suas alegrias e suas tristezas...

Encontrei pessoas que me surpreenderam. Mas, NENHUMA como aquela da noite de 25 para 26 de julho do último ano em que trabalhei na praça!

Havia recebido já tarde da noite uma chamada vinda de um pequeno prédio de tijolinhos, em uma rua tranqüila do subúrbio de Belo Horizonte, capital das Minas Gerais.

Quando cheguei ouvia cachorros latindo longe. O prédio estava escuro, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.

Nestas circunstâncias, outros teriam buzinado duas ou três vezes, esperariam só um pouco e, então, iriam embora.

Mas, eu sabia que muitas pessoas dependiam de táxis como único meio de transporte a tal hora. A não ser, portanto, que a situação fosse claramente perigosa, eu sempre esperava...

"Este passageiro pode ser alguém que necessita de ajuda", pensei. Assim, fui até a porta e bati. "Um minutinho", respondeu uma voz débil e idosa.

Ouvi alguma coisa ser arrastada pelo chão... Depois de uma pausa longa, a porta abriu-se. Vi-me então diante de uma senhora bem idosa, pequenina e de frágil aparência!

Usava um vestido estampado e um chapéu bizarro daqueles usados pelas senhoras idosas nos filmes da década de 40! E se equilibrava numa bengala, enquanto segurava com dificuldade uma pequena mala...

Dava para ver que a mobília estava toda coberta com lençóis. Não haviam relógios, roupas ou adornos sobre os móveis. Num canto jazia uma caixa aberta com fotografias e vidros...

A velha senhora, esboçando então um tímido sorriso de quem havia já perdido todos os dentes, pediu-me:
“O senhor poderia me ajudar com a mala?”

Eu peguei a mala e ajudei-a caminhar lentamente até o carro. E enquanto se acomodava ela ficou me agradecendo...

- "Não é nada, apenas procuro tratar meus passageiros do jeito que gostaria que tratassem minha velha mãe”... - "Oh!, você é um bom rapaz!"

Quando embarcamos, deu-me um endereço e pediu:
- "O senhor poderia ir pelo centro da cidade?"
- "Este não é o trajeto mais curto", alertei-a prontamente.
- "Eu não me importo... Não estou com pressa... Meu destino é o último! O asilo dos velhos"...

Surpreso, eu olhei pelo retrovisor. Os olhos da velhinha brilhavam marejados... - "Eu não tenho mais família e o médico me disse que tenho muito pouco tempo"...

Disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei:
-"Qual o caminho que a senhora deseja que eu tome?"

Nas horas seguintes nós dirigimos por toda a cidade. Ela mostrou-me o edifício na Praça 7 em que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista...

Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados. E também pela Igrejinha de São Francisco, na Pampulha, onde comemoraram Bodas de Ouro!

Ela pediu-me que passasse em frente a uma loja de móveis na região da Praça da Liberdade, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha!

De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina. Era quando ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada... E olhava. Olhava e suspirava...

E assim rodamos a noite inteira... Quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:
"Estou cansada... E pronta! Vamos agora!"

Seguimos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado. Chegamos a um prédio rodeado de árvores, uma pequena casa de repouso.

Dois atendentes caminharam até o taxi, assim que paramos. Eram amáveis e atentos e logo se acercaram da velha senhora, a quem pareciam esperar.

Eu abri o porta-malas do carro e levei a pequena valise até a porta. A senhora, já sentada em uma cadeira de rodas, perguntou-me então pelo custo da corrida.

- "Quanto lhe devo?", ela perguntou, pegando a bolsa.
- "Nada!", eu disse.
- "Você tem que ganhar a vida, meu jovem”
- "Há outros passageiros", respondi.

Quase sem pensar, curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente e devolveu-me com um beijo afetuoso e repleto da mais pura e genuína gratidão! E disse:

- "Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria, como não tinha há tanto tempo... Só Deus é quem sabe o quanto você fez por mim! Obrigada, MEU AMIGO! Mil vezes obrigada!!!”

Apertei sua mão pela última vez e caminhei no lusco-fusco da alvorada sem olhar para trás, pois as lágrimas corriam-me abundantes pela face...

Atrás de mim uma porta foi fechada. Era o som do término de uma vida... Naquele dia não peguei mais passageiros. Dirigi sem rumo, perdido nos meus pensamentos. Mal podia falar.

Dois dias depois, tomei coragem e voltei no asilo para ver como estava a minha mais nova amiga. Me disseram, então, que na noite anterior adormecera para sempre, em paz e feliz...

E fiquei a pensar, se a velhinha tivesse pego um motorista mal-educado e raivoso... Ou, então, algum que estivesse ansioso para terminar seu turno...

Óh, Deus! E se eu houvesse recusado a corrida? Ou tivesse buzinado uma vez e ido embora?... Ao relembrar, creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida até então!

Em geral nos condicionamos a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos. Todavia, os GRANDES MOMENTOS freqüentemente nos pegam desprevenidos e ficam guardados em recantos que quase todo mundo considera sem importância... quando nos damos conta... já passou.

AS PESSOAS PODEM NÃO LEMBRAR EXATAMENTE O QUE VOCÊ FEZ, OU O QUE VOCÊ DISSE.

MAS, ELAS SEMPRE LEMBRARÃO COMO VOCÊ AS FEZ SENTIR-SE.

PORTANTO, VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA!

PENSE NISTO!!!

OS IDOSOS DE HOJE, SOMOS NÓS AMANHÃ!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

NA HORA DA CRISE



NA HORA DA CRISE

Na hora da crise, emudece os lábios e ouve as vozes que falam, inarticuladas, no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o
presente que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos adversários,
na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da responsabilidade que
nos vibra na consciência.
Diz o mundo: «acomoda-te como puderes.
Pede o Cristo: «levanta-te e anda».
Diz o mundo: «faze o que desejas».
Pede o Cristo: «não peques mais».
Diz o mundo: «destrói os opositores».
Pede o Cristo: «ama os teus inimigos».
Diz o mundo: «renega os que te incomodem».
Pede o Cristo: «ao que te exija mil passos,
caminha com ele dois mil».
Diz o mundo: «apega-te à posse».
Pede o Cristo: “ao que te rogue a túnica
cede também a capa”.
Diz o mundo: «fere a quem te fere».
Pede o Cristo: «perdoa sempre».
Diz o mundo: «descansa e goza».
Pede o Cristo: «avança enquanto tens luz».
Diz o mundo: «censura como quiseres».
Pede o Cristo: «não condenes».
Diz o mundo: «não repares os meios para alcançar os fins».
Diz o Cristo: «serás medido pela medida que
aplicares aos outros».
Diz o mundo: «aborrece os que te aborreçam».
Pede o Cristo: «ora pelos que te perseguem e caluniam».
Diz o mundo: «acumula ouro e poder para que
te faças temido».
Diz o Cristo: «provavelmente nesta noite pedirão
tua alma e o que amontoaste para quem será?»
Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se, de algum modo,
à coisa vista.
Não precisas, assim, sofrer longas hesitações
nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo,
ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo certo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A MULHER PERFEITA





A MULHER PERFEITA

Nasrudin conversava com um amigo, que lhe perguntou:

- Então, mullah, nunca pensaste em casamento?

- Já pensei. Em minha juventude, resolvi conhecer a mulher perfeita. Atravessei o deserto, cheguei a Damasco, e conheci uma mulher espiritualizada e linda; mas ela não sabia nada das coisas do mundo. Continuei a viagem, e fui a Isfahan; lá encontrei uma mulher que conhecia o reino da matéria e do espírito, mas não era uma moça bonita. Então resolvi ir até o Cairo, onde jantei na casa de uma moça bonita, religiosa e conhecedora da realidade material.

- E por que não casaste com ela?

- Ah, meu companheiro! Infelizmente ela também procurava um homem perfeito.

A MARIPOSA E A ESTRELA





A MARIPOSA E A ESTRELA

Conta a lenda que uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento certa tarde, quando viu uma estrela muito brilhante e se apaixonou.
Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor, mas a mãe lhe disse friamente:
- Que bobagem, filha! As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim. Foi para isso nós fomos criadas.
Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e permitiu-se ficar de novo alegre com a sua descoberta e pensava:
- Que maravilha poder sonhar!
Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal. Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrela, então armou-se de paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu sonho.
Esperava com ansiedade que a noite descesse e, quando via os primeiros raios da estrela, batia ansiosamente suas asas em direção ao firme propósito.
Sua mãe ficava cada vez mais furiosa e dizia:
- Estou muito decepcionada com a minha filha. Todas as suas irmãs e primas já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpadas! Você devia deixar de lado esses sonhos inúteis e arranjar um que possa atingir.
A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu sair de casa. Mas, no fundo, como aliás sempre acontece, ficou marcada pelas palavras da mãe e achou que ela tinha razão.
Por algum tempo, tentou esquecer a estrela, mas seu coração não conseguia esquecê-la e, depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro sonho não tinha sentido, resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.
Noite após noite, tentava voar o mais alto possível, mas quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado e a alma mergulhada na tristeza.
Entretanto, à medida que iá ficando mais velha, passou a prestar atenção a tudo que via à sua volta.
Lá do alto podia enxergar as belas cidades cheias de luzes. Vendo as montanhas, os oceanos e as nuvens que mudavam de forma a cada minuto, a mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela, porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo.
Muito tempo depois resolveu voltar à sua casa para compartilhar as belezas que tinha visto e descoberto, e aí soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs e primas tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas, destruídas por aquilo que as limitavam.
A mariposa viveu muitos anos ainda, e descobriu que o verdadeiro sonho, aquele que vem do coração e do amor de sua essência traz muito mais alegrias, benefícios e aprendizado que aqueles “sonhos” motivados mais pela insegurança e pelo medo.