segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

AS ESTRELAS DO MAR



As Estrelas do Mar

Um escritor que morava numa praia tranquila,
junto a uma colônia de pescadores.

Todas as manhãs passeava a beira-mar
para se inspirar e de tarde ficava em casa escrevendo.

Um dia, caminhando na praia, ele viu uma pessoa que parecia dançar.

Quando chegou perto viu que era um jovem
pegando na areia as estrelas-do-mar, uma por uma, e jogando novamente de volta ao oceano.

Chegou perto e disse: - Por que você está fazendo isso?

- Você não vê !? Disse o jovem.

- A maré está baixa e o sol está brilhando.

- Elas vão secar no sol e morrer se ficarem aqui.

O escritor riu e disse ao jovem:

- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora
e centenas de milhares de estrelas-do-mar
espalhadas pelas praias.

- Que diferença faz, você joga umas poucas de volta ao oceano e a maioria vai perecer de qualquer forma?

O jovem pegou mais uma estrela na areia,
jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:

-Mas para a vida dessa estrelinha eu fiz a diferença...

Naquela noite o escritor não conseguiu dormir nem sequer escrever.

De manhazinha foi para a praia, reuniu-se ao jovem, e juntos salvaram mais estrelinhas jogandoa-as de volta ao mar.

Podemos fazer deste universo um lugar melhor para vivermos.

Fazendo cada um a sua parte.
Fazendo cada um a diferença.

A VIDRAÇA



A VIDRAÇA

Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou
através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o
marido:
-Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
Provavelmente está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria
se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado. Alguns dias
depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade
perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha
pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis brancos, alvissimamente
brancos, sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja ! Ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha ensinou !? Porque
, não fui eu que a ensinei.
O marido calmamente respondeu:
- Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos. Antes de
criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir; verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos. Só
assim poderemos ter real noção do real valor de nossos amigos.
Lave sua vidraça. Abra sua janela.
"Tire primeiro a trave do seu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do
olho do teu irmão" (Mateus 7:5).

A VAQUINHA...



A VAQUINHA.....

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sitio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas.
Então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
-Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu:
-Meu amigo, nos temos uma vaquinha que nos da vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nos produzimos queijo, coalhada, etc. para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
-Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.
O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.
Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajuda-los. Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sitio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim.
Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sitio para sobreviver.
Apertou o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava ha uns quatro anos e o caseiro respondeu:
-Continuam morando aqui.
Espantado ele entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
-Como o senhor melhorou este sitio e está muito bem de vida?
E o senhor entusiasmado, respondeu:
-Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Dai em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades, que nem sabíamos que tínhamos. Assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

PONTO DE REFLEXÃO

Todos nós temos uma vaquinha que nos da alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina. Descubra qual e a sua. Aproveite esse momento para empurrar sua "vaquinha" morro abaixo.

A OSTRA E A PÉROLA



A Ostra e a Pérola

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia.
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola vai se formando.
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
O mesmo pode acontecer conosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !
Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras

A MENINA DO VESTIDO AZUL



A menina do vestido azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo. Assim raciocinou o mestre: "é uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito. Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul."
Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe não achou razoável que, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas. Ao fim de uma semana, disse o pai: "Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?"
E assim fez o humilde casal. Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências. Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um político que, bem impressionado, disse: "é lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo". E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro. Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudaram os bairros pobres a se reconstruírem.
E pensar que tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele simples professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o país. Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação.
É difícil reconstruir um bairro, mas é possível dar um vestido azul.

A LIÇÃO DO FOGO



A LIÇÃO DO FOGO

Um homem, que regularmente prestava serviços em um determinado grupo, sem nenhum aviso deixou de participar das atividades.
após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu visitá-lo.
Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Advinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto esperando.
No silêncio sério que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.
Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado.
Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.
O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.
Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.
O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.
Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse:
_ Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo.
_ Deus te abençoe!
Reflexão: Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.
Aos líderes vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

A LAGARTINHA



A Lagartinha

Havia uma lagartinha que tinha muito medo de sair por aí e morrer pisoteada pelos homens. Por isso, foi-se fechando. As plantas também a rejeitavam, achando que ela só queria comer suas folhas. Mal sabiam que essa lagartinha gorda, e que rasteja, pedindo ajuda, poderia ser aquela borboleta que viria ajudar a polinizar as flores dessas mesmas plantas.
Mas, a lagartinha só chorava, apertada, em sua tristeza, até que uma coruja, aquela ave que só consegue enxergar a noite, quando tudo está escuro, disse a ela:
- Pare de chorar, faça alguma coisa ! Aí dentro de você mora uma linda borboleta, deixe-a sair. Ela pode voar, ser aceita pelos homens e pelas plantas, ver lá de cima o que voce vê daqui debaixo, mudar de jardim e tudo o mais.
A lagartinha, então, pediu ajuda. Como poderia se tornar borboleta? A coruja, sábia amiga, disse-lhe que era necessária uma metarmofose, de mudança, em que precisava se fechar num casulo para empreender esforços, que viriam dores, mas só as necessárias para fazer as mudanças. Mas o que realmente era preciso era coragem e pensamento positivo. Que poderia ser livre, bem aceita, e voar leve, por onde desejasse. Que pensasse em ser borboleta o tempo todo e tudo poderia ir mudando, até que, mais rápido do que ela imaginasse, ela sairia do casulo como uma borboleta.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A RATOEIRA



A RATOEIRA

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha, disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.

QUE TIPO DE PESSOAS VIVEM NESTE LUGAR?



QUE TIPO DE PESSOAS VIVEM NESTE LUGAR?

Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

"Que tipo de pessoas vive neste lugar?"

Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? - Perguntou por sua vez o ancião.

Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.

A isso o velho replicou: a mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

"Que tipo de pessoas vive por aqui?"

O velho respondeu com a mesma pergunta:

"Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?"

O rapaz respondeu:

"Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste pôr ter de deixá-las".

"O mesmo encontrará pôr aqui", respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

"Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?"

Ao que o velho respondeu:

"Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares pôr onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos".

A GRATIDÃO



A gratidão

O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina.
Os olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. "é para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?"
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:
"Quanto dinheiro você tem?"
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: "isto dá, não dá?"
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
- Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha.
Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho
certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos."
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel
vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
- Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de longos cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis,
adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim, senhora.
- E quanto custou?
- Ah, falou o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou: "mas minha irmã tinha somente algumas moedas.
O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!"
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar - disse ele.
- Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces da jovem, enquanto suas mãos
tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.
E a gratidão é sempre a manifestação dos espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.
Pense nisso!
Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.

AMAR AO PRÓXIMO



Amar ao próximo

Numa tarde muito quente, um pobre paralítico sentou-se, como habitualmente fazia, num dos bancos de certa praça para ali esmolar.

Era do produto das esmolas que ele se mantinha. Para atrair os transeuntes, ele tocava um velho violino.

Tinha esperanças no efeito da sua música sobre os corações mais generosos. O seu cão, fiel companheiro e amigo inseparável, segurava na boca uma cestinha velha de vime, para que ali fossem depositadas as esmolas que entregavam.

Naquela tarde, entretanto, as esmolas não vinham. Sem dar a mínima atenção ao pobre aleijado, o público passava de um lado para outro apressado e distraído.

Ninguém parecia ouvir os seus acordes e muito menos se apercebiam da sua presença ali na praça.

Esta situação fazia aumentar ainda mais a infelicidade do pobre paralítico, que tanto carecia das esmolas para a sua sobrevivência.

De súbito, ao lado do deficiente postou-se um cavalheiro bem vestido, que o olhou com compaixão.

Vendo o infeliz pousar o instrumento, já cansado e desanimado, reparando ainda nas grossas lágrimas que lhe rolavam pelas faces, aproximou-se um pouco mais e, metendo uma moeda de prata em sua mão, pediu-lhe licença para tocar no seu violino.

Ajustou as cordas, preparou o arco e se pôs a tocar.

O público, agora atraído pela maviosidade da música, começou a aproximar-se.

Aglomerou-se ao ponto de se tornar uma multidão. As moedas de cobre, prata e até algumas de ouro foram enchendo de tal maneira a pequena cesta, que o cão já não podia sustentar o peso na boca. Teve de colocá-la ao seu lado, no chão.

O povo aglomerado não só apreciava a música, mas muito mais admirava o gesto do artista. Este, depois de haver tocado uma melodia que foi cantada pelo público, entusiasticamente, depositou o instrumento nos joelhos do paralítico, agora feliz, e desapareceu sem dar tempo a que lhe agradecesse ou fizesse qualquer pergunta.

Mas a indagação ficou:
- Quem é este homem que tão bem sabe tocar?
- foi a pergunta que se ouviu de todos os lados.

A curiosidade tomou conta do povo. O paralítico também estava curioso, além de extremamente agradecido.

De repente, do meio da multidão, alguém informou com conhecimento:
- Esse homem é Armando Boucher, o célebre violinista que só toca nos grandes concertos, mas, hoje, parece haver também colocado a sua arte ao serviço do amor.

Esse gesto tão singular raramente imitado, foi, sem dúvida, uma perfeita demonstração de amor ao próximo!

Ame seu próximo, vai lhe fazer muito bem!

O CÉU E O INFERNO



O Céu e o Inferno

Um guerreiro Samurai, conta uma velha história japonesa, desafiou, certa vez, um mestre Zen a explicar o conceito de CÉU e INFERNO, e o monge lhe respondeu com desprezo:

- Não passas de um rústico. Não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!

Atacado em sua própria honra, o Samurai teve um acesso de fúria e sacando da bainha a espada, berrou:

- Eu poderia te matar por tua impertinência!

- Isto - respondeu, calmamente, o monge - é o INFERNO.

Espantado pela verdade que o Mestre lhe dizia com relação à cólera que o dominara, o Samurai acalmou-se, embainhou a espada, agradecendo com reverência, ao monge, a grande lição que lhe foi dada.

- E isto - disse o monge - é o CÉU.

A LENDA



A Lenda

Conta uma lenda, que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.

A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava de baixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? E impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra se suas mãos são tão pequenas e fracas!

Nesse instante apareceu um idoso e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:
- Como?
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz.

A ARANHA



A Aranha

Uma vez um homem estava sendo perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo.
O homem, correndo, virou em um atalho que saía da estrada e entrava pelo meio do mato e, no desespero, elevou uma oração a Deus da seguinte maneira:
"Deus Todo Poderoso Fazei com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada da trilha para que os bandidos não me matem!!"
Nesse momento escutou que os homens se aproximavam da trilha onde ele se escondia e viu que na entrada da trilha apareceu uma minúscula aranha.
A aranha começou a tecer uma teia na entrada da trilha.
O homem se pôs a fazer outra oração cada vez mais angustiado:
"Senhor, eu vos pedi anjos, não uma aranha."
"Senhor, por favor, com Tua mão poderosa coloca um muro forte na entrada desta trilha, para que os homens não possam entrar e me matar..."
Abriu os olhos esperando ver um muro tapando a entrada e viu apenas a Aranha tecendo a teia.
Estavam os malfeitores entrando na trilha, na qual ele se encontrava esperando apenas a morte.
Quando passaram em frente da trilha o homem escutou:
"Vamos, entremos nesta trilha!"
"Não, não está vendo que tem até teia de aranha!? Nada entrou por aqui.
Continuemos procurando nas próximas trilhas"

*Fé é crer no que não se vê, é perseverar diante do impossível.*

*Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus pede que tenhamos confiança n'Ele para deixar que sua glória se manifeste e faça algo como uma teia, que nos dá a mesma proteção de uma muralha.*

A CAIXINHA



A Caixinha

Há um tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse:
- Isto é para você, paizinho!
Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia. Gritou, dizendo:
- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?
A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse:
- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha. Todos para você.
O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.
De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos.
Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bonita e importante que esta.

A CENOURA, O OVO E O CAFÉ



A Cenoura, o Ovo e o Café

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um cozinheiro, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela. Virando-se para ela, perguntou:
- Querida, o que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café. - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
Ele perguntou à filha:
- Qual deles é você, minha querida? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força? Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma? Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós - somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva. Mas você precisa acreditar nisso. Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar este desafio.
Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas.

A DIVINDADE DO SER HUMANO



A Divindade do Ser Humano

Uma velha lenda hindu conta que, numa época imemorial, todos os seres humanos da Terra eram deuses, mas os seres humanos pecaram e abusaram tanto do Divino que Brahma, o deus de todos os deuses, decidiu que a Divindade fosse retirada dos seres humanos e escondida em algum lugar onde jamais fosse encontrada.
Um dos deuses disse: "Então vamos enterrá-la profundamente na terra".
Brahma replicou: "Não o ser humano pode escavar a terra até encontrá-lo".
Outro deus disse: "Então, vamos jogá-lo no oceano mais profundo".
Brahma não concordou: "Não, o ser humano aprenderá a mergulhar e um dia vai encontrá-la".
Um terceiro deus sugeriu: "Por que não escondê-la na montanha mais alta?"
Brahma então disse: "Não, o ser humano pode escalá-la. Tenho um lugar melhor. Vamos escondê-la no interior do próprio ser humano. Ele nunca vai pensar em procurá-la lá".

A GRANDEZA DO PODER DE DEUS



A GRANDEZA DO PODER DE DEUS

Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos.
Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
"Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...".
Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.
Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
"Você tem uma lista de mantimentos?"
"Sim", respondeu ela.
"Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos"!
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
"Eu não posso acreditar!".
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
"Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou eixando isto em Suas mãos..." O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse: - "Valeu cada centavo.." Só Deus sabe o quanto pesa uma oração...