quinta-feira, 1 de outubro de 2009

UM INCÊNDIO NA FLORESTA




A Borboletinha Mágica estava no Lago Azul conversando com a turma toda, quando sentiram um cheiro estranho que vinha do meio da floresta.
Alguma coisa está queimando, disse o elefantinho Elmo.
Também acho, respondeu a flor, o cheiro está forte!
Parece que é grama seca que está pegando fogo, disse a tartatuga Tata.
Vou lá em cima ver o que esta acontecendo disse a borboletinha, voando.
Quando estava já bem no alto as estrelinhas mágicas apareceram e ela pode ver onde estava o fogo, viu uma fumaça que subia perto de uma caverna escura.
É ali! pensou. Desceu e disse aos companheiros que esperavam em terra.
Tata tem razão! disse a borboleta, tem um pedaço de grama queimando ali na frente.
Corram e pegam baldes de água para apagarmos o fogo! Eu vou mostrar onde é o incêndio. E foi o maior corre corre. Chegaram lá com baldes e mais baldes de água e logo o fogo foi se apagado.
Conseguimos! gritou o Elmo com alegria.
Ainda bem, é um grande alívio disse a onça Olga.
Que estranho?! comentou o sapo Neneu normalmente quem põe fogo na floresta é o bicho homem, mas não estou vendo nenhum por aqui.
É estranho mesmo, seu Neneu disse a flor mas então quem está incendiando a floresta? A Borboletinha viu a caverna escura bem na frente do local do incêndio, lembrou da visão mágica.
Quem colocou fogo na floresta deve estar ai dentro respondeu.
Todos olharam para a caverna com medo. De repente ouviram um espirro:
Atchiiiiiiiim!!!! Uma labareda saiu da caverna e um novo incêndio começou.
Ouviram uma voz que que vinha de dentro da caverna:
Xiii, está pegando fogo de novo na grama!
Os bichinhos da floresta começaram correr para apagar mais um incêndio. Todos pegaram os baldes e logo tudo estava controlado.
Mas quem está ai? perguntou a Borboleta, espantada. Por um momento não houve resposta.Quem está ai, apareça, por favor, Sou eu, o último dragão desta floresta! Ninguém abriu a boca. O silêncio foi total.
Até que ...
Olá, pequeno dragão, por favor, não nos queime saia da caverna para conversármos.
Você está bem? disse a borboleta procurando fazer amizade.
Não estou muito bem não! disse o dargãozinho saindo da caverna.
Estou doente, com uma gripe forte.
Os outros bichinhos ficaram de olhos arregalados, nunca tinham visto umm dragão pela floresta, ainda mais gripado.
Estranha essa sua gripe disse a borboleta.
É sim! Toda vez que espirro sai essa labareda pelo meu nariz e pega fogo ai na frente.
Ah! então todos esses incêndios na floresta começam com um espirro seu! comentou o Elefantinho Elmo.
E pelo jeito você está querendo acabar com a floresta disse o sapo Neneu.
Não fiquem bravos comigo! eu não consigo controlar meus espirros, não coloco fogo em tudo de propósito.
Nós sabemos disso disse a Dona Borboletinha.
Mas vamos ajudar você a sarar dessa gripe porque os incênios não podem continuar, o fogo é a pior coisa para nós. Ele destrói tudo, queima as árvores que para muitos de nós servem como casas, queima nossos alimentos. Enfim, tudo se acaba quando um grande incêndio ocorre.
Eu sei, dona borboleta. Mas o fogo só aparece quando estou gripado.
Precisamos então arrumar um jeito de acabar com essas sua gripe disse o Sapo Neneu.
Conheço um chá milagroso! disse a Dona Margarida.
Então, flor corre preparar esse chá para ele disse a Borboleta.
E assim foi feito, deram o chá para o pequeno dragão e esperaram. No dia seguinte a turma voltou na caverna para ver como ele estava.
Obrigado pessoal, estava me sentindo muito mal, mas agora não espirro mais. Já sou outro. Ainda bem que melhorou comentou o Elmo o que seria de nós se continuasse espirrando e colocando fogo na floresta.
Acabaríamos em cinzas respondeu a É verdade, o fogo deve ser evitado de todas as formas disse a onça Olga, somos muito sensiveis a ele.
Com toda a sua sabedoria a Borboletinha Mágica disse:
Ainda bem que esse fogo veio do dragão e ele já esta curado. Seria pior se fosse provocado pelo bicho homem. Porque ele é quem põe fogo na floresta e nem pensa na natureza.
Problema resolvido, hora da diversão.
Que tal um banho refrescante lá no Lago Azul? convidou a Borboleta.
Ótima idéia! concordaram bichinhos.
Eu posso ir também? perguntou o dragão.
É mais prudente você apenas nos acompanhar, mas não entrar na água. Afinal você acabou de sarar de uma gripe forte e não queremos mais espirros e incêndio na floresta.
A senhora trem razão, disse o pequeno dragão.
Nesse momento a Borboletinha com os óculos mágicos teve uma visão do futuro: viu o dragãozinho se divertindo com todos os novos amigos, sem espirros e com a floresta à salvo.

UMA BELA AMIZADE



Uma Bela Amizade

Ele não passava de um garotinho levado.
Adorava pendurar-se nos galhos das árvores para se balançar.
Vivia com os cabelos ao vento e os pés descalços. Tinha uma alma doce, toda amor.
Chamava-se Guilherme Augusto Araújo Fernandes e morava ao lado de um asilo de idosos.
Ele conhecia todos os que moravam lá. E gostava de cada um deles de uma maneira especial.
Gostava da sra. Silvano que tocava piano. E do sr. Cervantes que sempre lhe contava histórias arrepiantes.
Também do Sr. Waldemar que andava de um lado a outro com um remo, como se houvesse um lago por perto, para remar.
Ajudava a Sra. Mandala a ir de um lado para outro, apoiada em sua bengala.
E admirava o Sr. Possante com sua voz de gigante.
Mas a pessoa de quem ele mais gostava era a sra. Antônia Maria Diniz Cordeiro. É que ela tinha quatro nomes, como ele.
Ele a chamava de dona Antônia e lhe contava todos os seus segredos.
Um dia, Guilherme Augusto ouviu seus pais conversarem a respeito da sua amiga.
E entre uma frase e outra, descobriu que dona Antônia tinha perdido a memória.
A mãe comentou que não era de admirar. Afinal, ela estava com 96 anos de idade!
Guilherme quis saber o que era a memória e o pai lhe disse que era alguma coisa da qual a pessoa se lembra.
A resposta não satisfez o menino, que foi perguntar para a sra. Silvano.
"É algo quente", meu filho, "muito quente", foi a resposta.
O Sr. Cervantes lhe disse que era uma coisa muito, muito antiga.
E o sr. Waldemar informou que era uma coisa que fazia chorar, chorar muito.
Para a sra. Mandala, era uma coisa que fazia rir, rir bastante.
Já o Sr. Possante lhe disse que a memória era alguma coisa que valia ouro.
Então o garoto foi para sua casa e começou a procurar memórias para dona Antônia, já que ela havia perdido as suas.
Procurou uma caixa de sapatos cheia de conchas, guardadas há muito tempo, e as colocou numa cesta.
Também colocou uma marionete e a medalha que seu avô lhe tinha dado um dia.
Também para a cesta foi a sua bola de futebol, que valia ouro.
E até um ovo fresquinho, ainda quente, retirado debaixo da galinha.
Aí Guilherme augusto foi visitar dona Antônia e deu a ela, uma a uma, cada coisa da sua cesta.
Ela ficou emocionada com os presentes daquela criança admirável. E começou a se lembrar.
Segurou o ovo ainda quente, entre suas mãos, e contou para o menino sobre um ovinho azul, todo pintado, que havia encontrado uma vez, dentro de um ninho, no jardim da casa de sua tia.
Encostou uma das conchas no ouvido e lembrou da vez que tinha ido à praia de bonde, há muito tempo, e como sentira calor com suas botas de amarrar.
Pegou nas mãos a medalha e recordou, com tristeza, de seu irmão mais velho, que tinha ido para a guerra. E nunca mais voltou.
Sorriu para a marionete e lembrou da vez em que mostrara uma para sua
irmãzinha, que rira às gargalhadas.
Conseguia lembrar até do detalhe do mingau escorrendo pela boca risonha da menina.
Ela jogou a bola de futebol para Guilherme e lembrou do dia em que se conheceram. E recordou de todos os segredos que haviam compartilhado.
Guilherme Augusto e dona Antônia sorriram e sorriram, pois toda a memória perdida tinha sido encontrada.
E por um menino que nem era tão sábio, nem tão velho.
Era simplesmente um menino que amava os idosos e sabia ser amigo.

***
Para se brindar alguém com alegria, não há necessidade de somas exageradas de dinheiro, nem de dotes especiais.
Para fazer feliz a vida de alguém é suficiente uma dose de tempo, uma pitada de amor e um pouquinho de imaginação.
Em resumo: uma bela amizade.

UMA LENDA





Conta a lenda que uma camponesa olhava do lado de fora de uma igreja as pessoas oferecendo presentes ao Menino Jesus.
Ela se sentia triste, pois não tinha nada para homenagear.
Então um anjo apareceu e lhe disse: "Apanhe algumas plantas que crescem ao lado da estrada e ofereça como presente."

Ela aceitou o conselho e apanhou uma porção de folhas de poinsettia verdes e as levou para dentro da igreja.

As pessoas da congregação riram quando a viram entrar com suas roupas maltrapilhas carregando um punhado de ervas daninhas.

Envergonhada e ruborizada diante da situação, conforme seu rosto ficava vermelho, um fenômeno aconteceu: as folhas mudaram de cor, tornando-se em vermelho sangue, transformando-se em lindíssimas flores.

As pessoas ali presentes ficaram extasiadas com o fato.

Esta flor, conhecida como "bico-de-papagaio", tem o nome científico de Poinsettia, uma homenagem ao seu descobridor Dr. Poinsett.

Ele a encontrou no México em 1828, e é chamada por "Flor da Noite Feliz".

A explicação científica para a mudança de cor, se dá pela reação da planta exposta a luz durante muito tempo.

VIVER COMO AS FLORES


VIVA COMO AS FLORES

Viver como as flores.

-Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
-Pois viva como as flores - advertiu o mestre.
-Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
-Repare nestas flores - continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
-Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.